sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Não esqueça do HTML

Quando eu fiz o curso técnico na área de informática tive uma ou duas aulas sobre HTML, na verdade, no currículo do curso esta matéria nem existia e o que estávamos aprendendo era PHP Básico, claro que é raro encontrar um curso em que uma tecnologia é abordada a fundo, na maioria das vezes é algo inviável. O ponto é, essas duas aulas de HTML me mostraram muito pouco sobre o assunto e eu sai de lá achando que HTML era uma linguagem de programação, apenas meses mais tarde eu descobri que ela na verdade era uma linguagem de marcação, só fui entender mesmo um pouco mais e o quanto um HTML bem estruturado é importante a pouco mais de um ano, sendo que trabalho com desenvolvimento a três anos.

Resumindo, passei dois anos da minha vida profissional de desenvolvedor considerando o HTML algo secundário, aprendi outras tecnologias, me aprofundei em algumas que já conhecia, e o HTML nada. Agora vamos pensar um pouco, navegadores entendem HTML, eles não processam linguagens lado servidor (PHP, ASP, Python, etc), eles processam HTML, processam folhas de estilos e scripts porque também rodam no lado do cliente, mas se você olhar a fundo, verá que tudo em uma aplicação web parte de alguma tag HTML, então quem é secundário nesta história toda? Certo que não é o nosso querido HTML.

Não conheço o mundo todo, mas conheço alguns outros programadores, alguns deles já me deram dicas preciosas sobre PHP, CSS ou banco de dados MySQL, mas nenhum deles me falou algo do tipo:

“Cara, porque você ta usando <h2> (título nível 2) no meio de um texto dentro de uma tag <p> (parágrafo)? Ah! Entendi, é porque ela deixa em negrito, mas seguinte, que tu acha da minha sugestão? Utiliza a tag <strong>, você quer informar ao navegador que esta palavra tem um contexto maior dentro do texto, então usa ela. O <h2>, representa um sub-título de uma página, use-o somente para este fim, os robôs de indexação de conteúdo agradecem.”

Óbvio que eu ficaria confuso e ficaria me perguntando o porque não posso utilizar um <h2> ao invés de um <strong>, se ambos deixam minhas palavras em negrito.
Para os mais entendidos do assunto isso tem uma explicação bem simples, não vou me aprofundar nela agora, pois não quero perder o foco deste artigo, mas se tiver curiosidade, começa a estudar um pouco de SEO (Search Engine Optimization) que você irá descobrir o porque HTML não pode ser considerado algo secundário.

Interoperabilidade é uma palavra que deve se tornar cada vez mais ouvida no mundo web, ser capaz de criar conteúdo que possa ser apresentado em diferentes dispositivos de maneira eficiente, se torna algo cada vez mais mandatório em nossa área e conhecer um pouco mais a fundo sobre essa tal linguagem de marcação chamada HTML, é um dos grandes pontos chaves para atender estas expectativas do mercado.

Para finalizar, caso você ainda não tenha muita experiência com HTML, resolvi criar uma lista com itens interessantes a serem estudados sobre o assunto. Divirta-se:

  1. Procure conhecer a diferença entre HTML e XHTML;
  2. Entenda o que é DHTML, DOM e os elementos de um documento HTML
  3. Estude sobre SEO, conheça algumas técnicas e se for desenvolvedor procure conhecer bem a importância do correto uso das tags
  4. Aprofunde seu conhecimento em CSS, saiba do que ele é capaz e como ele pode ser utilizado para diminuir significativamente as linhas de código de um documento HTML
  5. Comece a criar curiosidade sobre o HTML 5, apesar dele estar meio longe de se tornar padrão (HTML 4 demorou quase 10 para chegar em seu ápice), vale a pena conhecer o que a W3C esta preparando e como isso vai mudar nossas vidas.

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